2 de março de 2012

Será mesmo o fim do duopólio Canhedo-Constantino?

Agnelo acaba com duopólio Canhedo-Constantino



CONCORRÊNCIA QUE SERÁ LANÇADA NESTA SEXTA-FEIRA (2), ÀS 15H, NA SEDE DO GDF, VAI RENOVAR 75% DAS LINHAS DE ÔNIBUS DE BRASÍLIA; REALIDADE DE COLETIVOS VELHOS, COM PNEUS CARECAS E SEM CONDIÇÕES DE SEGURANÇA VAI FICAR PARA TRÁS; COMPANHIAS VIPLAN, DE VAGNER CANHEDO, E PLANETA E ALVORADA, DE NENÊ CONSTANTINO, NÃO PODERÃO CONCORRER; DEVEM AO INSS; UFA!



02 de Março de 2012 às 10:30

Marco Damiani _247 – A realidade de ônibus com quase vinte anos de uso – quando a lei determina o máximo de sete anos --, pneus carecas e estruturas perfuradas está com os dias contados. Nesta sexta-feira 2, o governo do Distrito Federal lança oficialmente o edital de licitação para a renovação de 75% das linhas de ônibus de Brasília. Feita por determinação pessoal do governador Agnelo Queiroz , a concorrência, cujos termos, até esta altura (00h49), estão guardados a sete chaves, acerta em cheio em dois dos mais conhecidos – e polêmicos – empresários da capital: o ex-dono da extinta Vasp, Vagner Canhedo, e o presidente do Conselho de Administração da Gol Linhas Aéreas, Nenê Constantino. Este último, pela acusação de ter mandado matar o próprio cunhado, vive, no momento, em prisão domiciliar em São Paulo.
A dupla controla, com estilos bem semelhantes, as três maiores operadoras de transporte coletivo da capital. Tanto a Viplan, de Canhedo, como a Pioneira e a Planeta, de Constantino, são famosas pelo descaso com os passageiros e, também, com seus funcionários. Nenhuma delas poderá participar da concorrência, em razão de dívidas acumuladas com o INSS, pelo não recolhimento de direitos previdenciários. Fica certo, assim, que, necessariamente, o sistema de transporte coletivo de Brasília irá melhorar – as regras da licitação estabelecem a colocação de ônibus novos nas ruas e um amplo redesenho nas rotas. Haverá, a partir dessa renovação, a criação de ‘bacias’ para a circulação dos coletivos, de modo a que viagens longas e diretas sejam substituídas por outras mais rápidas e curtas. A vantagem prevista é o incremento da periodicidade dos ônibus nos pontos, com a multiplicação de oportunidades para o deslocamento dos passageiros.
A concorrência aberta pelo GDF deve atrair para Brasília algumas das maiores companhias do setor no Brasil. Mais do que isso, a disputa irá acabar com uma situação de precariedade que, na prática, perdura desde 1951, quando o atual modelo foi concebido – e o Distrito Federal nem havia sequer sido desenhado pela dupla Oscar Niemeyer e Lucio Costa. O que ocorreu foi que a nova cidade herdou o modelo que prevalecia nesta região de Goiás. Esperto, ao ver as possibilidades de crescimento da capital, Constantino comprou uma das empresas que detinha a concessão, a Alvorada, e passou a operar em Brasília. Pouco mais tarde, no correr da década de 60, Canhedo encontrou o seu filão no mesmo mercado. Desde então, eles se tornaram os barões – ou tubarões – dos ônibus da capital da República, oferecendo um dos serviços mais criticados pelos usuários.
“O sistema de transporte coletivo de Brasília está todo errado”, resume o deputado distrital Chico Vigilante, do PT. “A concorrência tem o mérito de acabar com uma situação de descaso que já perdura por cinco décadas e um sistema que nunca foi bom nem para a cidade, nem para o passageiro, nem para os trabalhadores do setor”. Vigilante lembra que, em razão das péssimas condições de trabalho no duopólio Constantino-Canhedo, o índice de alcoolismo entre motoristas, cobradores e mecânicos é alto. Os acidentes com coletivos são comuns. No mês passado, dois ônibus colidiram em Águas Claras, num acidente provocado, suspeita-se, por pneus carecas e freios precários que deixou mais de uma dezena de feridos. Uma cena de guerra que, no futuro breve, não deverá mais ser comum.

Um comentário:

  1. oi amigo seu comentário foi muito importante mais infelizmente esta mafia do transporte ainda vai continuar eles só vão mudar de nome as empresas si nos estiveste um governo serio não aceitaria nem o Vagner constantino e Valmir amaral disputar nada que os três tinha que ser ela preso mais infelizmente eles e que manda aqui no trasporte do df só vai mudar o nome e a tinta dos ônibus vc vai ver só

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