25 de agosto de 2011

Mostra final do Projeto Tecendo Arte com Cidadania - CEPSS

"Tecer" significa fazer teias, tramar fios, entrelaçar, compor...O projeto "Tecendo Arte com Cidadania" buscou tecer amizades, ideias, respeito pelas diversidades e diferenças, incluindo justiça e conscientização cidadã.

Desenvolvido pelo Centro de Educação Popular de São Sebastião (CEPSS), de 2009 a 2010 em convênio com o Ministério da Cultura e com o apoio do Fórum de Entidades de São Sebastião, o projeto lançou mão de estratégias de ações complementares com o objetivo de auxiliar na formação do sujeito consciente e integrado a sua realidade -jovens e adolescentes, através das artes integradas, buscando assim transmitir e disseminar os conhecimentos múltiplos e proporcionando o resgate da cultura e o registro documentado das diversas manifestações culturais existentes na comunidade, a exemplo da poesia,  pintura, música, dança, do teatro e da capoeira, entre outras manifestações artísticas.

Contemplando esse objetivo, que foi promover cidadania através das diversidades artísticas e culturais, foram realizadas uma série de oficinas tais como teatro, artesanato, música, dança circular, canto coral, Hip Hop, percussão, além de palestras sobsre saúde sexual, ética, preservação ambiental, além de oficinas temáticas. O projeto atendeu  a aproximadamente 500 pessoas.

O encerramento do Tecendo Arte foi marcante, pois contou com um público rotativo de cerca de 1.500 pessoas. A comunidade de São Sebastião pôde conferir de perto como os trabalhos realizados no Centro de Educação Popular de São Sebastião podem e devem contribuir para o alargamento de perspectiva da nossa juventude. As apresentações das oficinas foram muito bem elaboradas pelos professores e a dedicação e envolvimento dos alunos que participaram do projeto estavam estampadas no rosto de cada um que subiu ao palco, que cantava, que dançava ou interpretava no evento, por sua vez realizado no estacionamento do CAIC Unesco.

Neste vídeo, temos uma síntese das principais atividades culturais e educativas realizadas ao longo do projeto, além de depoimentos de professores, coordenadores e alunos, o que demonstra o quão forte foi o grau de envolvimento dos participantes.  O CEPSS agradece a todos, em especial aos que contribuiram direta ou indiretamente para a realização de mais uma ação positiva na comunidade.

24 de agosto de 2011

Convite: Pré-Conferência de Assistência Social do Distrito Federal

Prezados (as) Companheiros (as),

O CRAS de São Sebastião convida a todos a participarem da Pré-Conferencia de Assistência Social do Distrito Federal, que acontecerá em São Sebastião, no próximo sábado, dia 27/08/2011, no horário de 9:00 às 18:00 (o almoço será servido no local), na Escola Classe 104 (Qd 104, Conjunto 1, Lote 1 - próximo ao supermercado União). As inscrições serão feitas no Local.

Contamos com a perticipação de todos e todas para juntos propormos avanços no Sistema Único de Assistencia Social (SUAS), avaliarmos o que já foi feito pela assistência social em nossa cidade e o mais importante propor melhorias nos serviços ofertados pela Assistencia Social.

Atenciosamente,
Luciana Cardoso Leão
Assistente Social
Coordenadora do CRAS de São Sebastião
(61) 3339 - 1512 ou 3339 - 4028

www.sedest.df.gov.br - luciana.leao@sedest.df.gov.br

16 de agosto de 2011

Convite

12 de agosto de 2011

Semana Universitária homenageia Paulo Freire

O exemplo do educador que criou uma metodologia revolucionária para a alfabetização de adultos e insistiu na educação como forma de luta pela liberdade vai guiar a XI Semana Universitária, que ocorre de 1º a 8 de outubro na UnB. Com o tema “90 anos de Paulo Freire: um marco para a reflexão sobre os rumos da Universidade Brasileira”, o evento irá promover atividades que valorizem a educação e o legado do pedagogo. “Refletindo as aspirações de Paulo Freire, esta semana ilumina o destino da universidade como uma instituição emancipadora”, destacou o reitor José Geraldo de Sousa Junior em cerimônia de lançamento do evento, na última segunda-feira (10). Acompanhe a íntegra a seguir.



UnB apresentará atividades de ensino, pesquisa e extensão para a comunidade durante oito dias


Francisco Brasileiro - Da Secretaria de Comunicação da UnB

O exemplo do educador que criou metodologia revolucionária para alfabetização de adultos e insistiu na educação como forma de luta pela liberdade vai guiar a XI Semana Universitária, que ocorre de 1º a 8 de outubro na UnB. Com o tema “90 anos de Paulo Freire: um marco para a reflexão sobre os rumos da Universidade Brasileira”, o evento vai promover atividades que valorizem a educação e o legado do pedagogo. “Refletindo as aspirações de Paulo Freire, esta semana ilumina o destino da universidade como uma instituição emancipadora”, destacou o reitor José Geraldo de Sousa Junior em cerimônia de lançamento do evento, nesta segunda-feira.

A abertura contou com a participação dos secretários do GDF, Regina Vinhaes, de Educação, e Hamilton Silva, de Cultura, além do superintendente de desenvolvimento do Centro-Oeste, Marcelo Dourado. O professor Cristiano Muniz, vice-diretor da Faculdade de Educação, relembrou palavras de Paulo Freire em homenagem recebida em Ceilândia, no centro educacional que hoje leva seu nome. “Ninguém educa ninguém, nem a si mesmo, a educação é obra do grupo”, destacou o educador pernambucano na ocasião. “Paulo Freire continua vivo no objetivo de concretizar uma universidade verdadeiramente envolvida em ensino, pesquisa e extensão”, afirmou o professor.

A Semana Universitária ocorre todo ano e apresenta à comunidade, por meio de atividades gratuitas, o que a UnB produz em pesquisa, ensino e extensão. “Além dos resultados dos projetos referentes a atuação da UnB junto à comunidade, o evento vai reunir um pouco de tudo que é feito no meio acadêmico e envolverá todos os decanatos”, resumiu o decano de Extensão, Oviromar Flores.

Entre as atividades da semana, haverá uma mostra dos cursos de graduação da UnB para os estudantes do ensino médio, organizada pelo Decanato de Ensino de Graduação (DEG). Já o Decanato de Assuntos Comunitários (DAC) planeja atividades culturais, como o Festival Universitário de Música Candanga (Finca) e peças de teatro do projeto Tubo de Ensaios. O Decanato de Pesquisa e Pós-Graduação (DPP) vai promover palestras sobre pós-graduação e o de Gestão de Pessoas (DGP) divulgará programas para qualidade de vida de funcionários, professores e alunos da universidade.

Durante a cerimônia de abertura, foi lançado um edital que prevê atividades propostas por servidores, professores, pesquisadores e colaboradores. As inscrições abrem nesta terça-feira, 12 de julho, e vão até 5 de agosto. “A temática é livre, mas nós estimulamos projetos que explorem a metodologia e o legado de Paulo Freire”, afirma a diretora técnica de Extensão, Eliane Santos. A programação completa do evento estará disponível a partir do dia 15 de setembro, no
site da Semana Universitária.





Avecerização social

   Por Daniel Chutorianscy*
1118 Avecerização socialO Acidente Vascular Cerebral, ou “derrame”, é a doença que mais mata no Brasil; 250.000 pessoas morrem a cada ano; 1 milhão de sequelados a cada ano, que se tornam “invisíveis” para a sociedade. Em cada três pessoas que morrem no Brasil por problemas no coração, dois são por AVC.
As causas mais freqüentes do AVC clínico são: indústria do fumo, indústria do álcool, agronegócios (o Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos, com cerca de 5 kg. por pessoa/ano), transgênicos em quantidade industrial, hipertensão, diabetes, sal caseiro e industrializado.
A população não dispõe de informação, prevenção, medicamentos adequados, reabilitação. Assim, torna-se um dramático e gravíssimo quadro de Doença Pública.
O princípio básico do Direito é a vida. A Medicina trata das doenças. A Saúde quem promove é a Justiça Social. E a avecerização social?
Parece que as elites consideram que todos nós tivemos um AVC, com perda de equilíbrio, tonteira, perda parcial ou total da consciência, dificuldade na fala e expressão…
Parece que não temos nenhuma informação, não somos capazes de discernir a realidade e nem podemos mudar essa trágica realidade. O pressuposto é que não temos nenhuma noção do real, e nem vamos ter.
O modelo em que vivemos, o modelo capitalista, está e é totalmente contaminado. Está caminhando para uma grande barbárie social. Segundo este modelo, quanto mais avecerização social, melhor para os engenhosos negócios do “tirar mais, bem mais, e pagar muito menos”. O pressuposto de quanto mais perda de equilíbrio na questão salarial, com déficits e dívidas cada vez mais altos, melhor para o famigerado lucro, que ceifa mais vidas que o próprio “derrame”.
O pressuposto de tonteira é responsabilidade das produções de espetáculos e megaespetáculos midiáticos, produzidos pelos “adestradores” ou “amestradores” regiamente pagos pelos grandes patrões, os megaempresários multinacionalizados que embolsam o que era devido para a Saúde, a Educação, para o homem do campo, para os salários, para os direitos humanos. E as dívidas e os pagamentos desta festa caríssima crescem assustadoramente
O pressuposto de perda parcial ou total da consciência inicia-se com os “arcos do triunfo” de uma corrupção generalizada, pois a premissa básica do modelo capitalista é a corrupção, a sedução, a compra e venda a qualquer preço de “benesses”, no qual “o mais forte vence, a qualquer preço”. É a lei “do mais forte”, melhor dizendo, do mais corrupto.
O pressuposto da dificuldade de fala e expressão provém da manipulação das leis pelas elites, pois as leis foram feitas para elas, em nome delas. E se por acaso alguma coisa não sair bem, mudam-se as leis para beneficiá-las mais ainda. E se ainda não for suficiente, cria-se então uma guerra, o apanágio do capitalismo vigente para mostrar sua força, rapinagem, seu desprezo à vida e adoração à conquista de lucros e bens.
Estamos vivendo uma guerra não declarada , a avecerização social está mais do que presente, com toda sua força e destruição, subsidiada pelo AVC clínico ou “derrame” que continua matando, e matando com a total omissão dos “donos” do poder.
O princípio básico do Direito é vida com dignidade e bem-estar. A Saúde é quem promove a Justiça Social, combatendo a injustiça, os privilégios, a arrogância, a prepotência.
As mudanças dos pressupostos básicos trarão certamente um aumento expressivo dos índices de um melhor viver.
E para a Medicina, deixamos o tratamento do AVC clínico, com informação, prevenção, medicamentos adequados e reabilitação em todas as Unidades de Saúde do Brasil.
* Daniel Chutorianscy é médico. E-mail: trenzinhocaipira@vnet.com.br.
* Publicado originalmente no site Correio da Cidadania.
(Correio da Cidadania)

10 de agosto de 2011

No quintal dos nossos olhos: moradores de São Sebastião vivem em condições precárias

Neste mundo inconsequente onde as desigualdades são  cada dia mais gritantes e estão presentes de forma perversa mesmo no chamado primeiro mundo, não há como fecharmos os olhos e simplesmente fingirmos que nada estamos vendo acontecer debaixo dos nossos narizes, em nosso quintal e diante do nosso olhar paralítico-indiferente-individualista.

Hoje, se quisermos ajudar alguém, basta olharmos para o  lado, o que já não mais fazemos com tanta constância. De fato, os cegos não são e nunca serão os que foram privados por algum motivo do sentido da visão propriamente dita, porque estes, mesmo não vendo, veem mais,  melhor e de mais alto- com os olhos benignos da bondade, da solidariedade e do amor ao próximo, ainda que não enxerguem. Verdadeiros reis em humanismo e boas práticas, eis o que são. Cegos mesmo somos verdadeiramente nós que, com um par de olhos com capacidade para ver, optamos por não ver a verdade que nos ronda na luz,  em pleno sol a pino.

Sobre a situação dos moradores que atualmente dividem a moradia com animais em baias localizadas nas imediações do Bairro Residencial Oeste, o Centro de Referência de Assistência Social de São Sebastião (CRASSS - Telefone: 3339-1512) já tomou conhecimento e estuda formas de prover algum tipo de ajuda às famílias. Vamos ver como a administração regional se posiciona em relação a este caso e depois o que cada um de nós também pode fazer no sentido de ajudar essas famílias que, no momento, realmente estão precisando de um apoio. Prezados (as), ressalto que toda ajuda espontânea será muito bem-vinda. Muito grato.

8 de agosto de 2011

Convite

 

5 de agosto de 2011

O veneno está na mesa!

Assistam ao documentário da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, realizado pelo cineasta brasileiro Silvio Tendler, e aqui apresentado numa série de quatro vídeos. Esta é uma campanha que vale a pena levarmos para os espaços escolares, para a comunidade e principalmente para dentro de nossas próprias casas, pois é de lá que devem partir as nossas boas práticas, sobretudo, alimentares. O filme mostra como caimos de vez na malha fina do consumo de agrotóxicos em detrimento do consumo de alimentos naturais, frutas, verduras e legumes. Do tomate à uva, estamos nos entupindo indiscriminadamente e nos matando aos poucos, tomando o nosso veneno de cada dia, o nosso cálice de cicuta. Que envelheçamos, sim, mas de forma natural e saudável! Vamos divulgar, pessoal!

4 de agosto de 2011

Faculdade e grupo de comunicação criam o game da Reforma Ortográfica


Com o objetivo de fazer das novas regras gramaticais da Língua Portuguesa um divertido passatempo, a FMU e a Retoque Comunicação, criaram o Game da Reforma Ortográfica. Vale a pena conferir até para saber se estamos "em dia" com as novas mudanças.

O Novo Acordo Ortográfico foi elaborado para uniformizar a grafia das palavras dos países lusófonos, aqueles que têm o português como língua oficial. Ele entrou em vigor em janeiro de 2009.

Teremos até quatro anos para nos adequarmos às novas regras. Durante esse tempo, tanto a grafia anterior como a nova serão aceitas oficialmente. A partir de 1 de janeiro de 2013, portanto, a grafia da língua portuguesa aceita é a que está prevista no Novo Acordo.

Em suma, as mudanças são poucas em relação ao número de palavras que a Língua Portuguesa possui, porém são significativas e importantes. Basicamente o que mudou foi o uso dos acentos e do hífen.

Clique aqui  e teste seus conhecimentos no Game da Reforma. É o maior barato!

3 de agosto de 2011

Coisa: os sentidos e significados na língua portuguesa

Caros leitores, achei um texto interessantíssimo no blog de uma amiga. Um verdadeiro estudo sobre semântica a partir da palavra "coisa", palavrinha mágica da nossa Língua ou, como dizem alguns, a palavra-curinga - aquela que pode ser tudo ou nada, aquela da qual nos utilizamos naqueles momentos em que nos fogem à memória, por lapso ou por falta de leitura/escrita mesmo, as palavras que o contexto de uso da língua requer para que nos expressemos com o máximo de clareza e objetividade, enfim para colocarmos em prática a nossa dita competência linguística. Apreciem e boa leitura!
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     A palavra "coisa" é um bombril do idioma. Tem mil e uma utilidades.  É aquele tipo de termo-muleta ao qual a gente recorre sempre que nos faltam palavras para exprimir uma idéia. Coisas do português.

 A natureza das coisas: gramaticalmente, "coisa" pode ser substantivo, adjetivo, advérbio. Também pode ser verbo: o Houaiss registra a forma "coisificar". E no Nordeste há "coisar": "Ô, seu coisinha, você já coisou aquela coisa que eu mandei você coisar?".

      Coisar, em Portugal, equivale ao ato sexual, lembra Josué Machado. Já as "coisas" nordestinas são sinônimas dos órgãos genitais, registra o Aurélio. "E deixava-se possuir pelo amante, que lhe beijava os pés, as coisas, os seios" (Riacho Doce, José Lins do Rego). Na Paraíba e em Pernambuco, "coisa" também é cigarro de maconha.

       Em Olinda, o bloco carnavalesco Segura a Coisa tem um baseado como símbolo em seu estandarte. Alceu Valença canta: "Segura a coisa com muito cuidado / Que eu chego já." E, como em Olinda sempre há bloco mirim equivalente ao de gente grande, há também o Segura a Coisinha.

       Na literatura, a "coisa" é coisa antiga. Antiga, mas modernista: Oswald de Andrade escreveu a crônica O Coisa em 1943. A Coisa é título de romance de Stephen King. Simone de Beauvoir escreveu A Força das Coisas, e Michel Foucault, As Palavras e as Coisas.

       Em Minas Gerais, todas as coisas são chamadas de trem. Menos o trem, que lá é chamado de "a coisa". A mãe está com a filha na estação, o trem se aproxima e ela diz: "Minha filha, pega os trem que lá vem a coisa!".

        Devido lugar: "Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça (...)". A garota de Ipanema era coisa de fechar o Rio de Janeiro. "Mas se ela voltar, se ela voltar / Que coisa linda / Que coisa louca." Coisas de Jobim e de Vinicius, que sabiam das coisas.

        Sampa também tem dessas coisas (coisa de louco!), seja quando canta "Alguma coisa acontece no meu coração", de Caetano Veloso, ou quando vê o Show de Calouros, do Silvio Santos (que é coisa nossa).

        Coisa não tem sexo: pode ser masculino ou feminino. Coisa-ruim é o capeta. Coisa boa é a Juliana Paes. Nunca vi coisa assim!

        Coisa de cinema! A Coisa virou nome de filme de Hollywood, que tinha o seu Coisa no recente Quarteto Fantástico. Extraído dos quadrinhos, na TV o personagem ganhou também desenho animado, nos anos 70. E no programa Casseta e Planeta, Urgente!, Marcelo Madureira faz o personagem "Coisinha de Jesus".

         Coisa também não tem tamanho. Na boca dos exagerados, "coisa nenhuma" vira "coisíssima". Mas a "coisa" tem história na MPB. No II Festival da Música Popular Brasileira, em 1966, estava na letra das duas vencedoras: Disparada, de Geraldo Vandré ("Prepare seu coração / Pras coisas que eu vou contar"), e A Banda, de Chico Buarque ("Pra  ver a banda passar / Cantando coisas de amor"), que acabou de ser relançada num dos CDs triplos do compositor, que a Som Livre remasterizou. Naquele ano do festival, no entanto, a coisa tava preta (ou melhor, verde-oliva). E a turma da Jovem Guarda não tava nem aí com as coisas: "Coisa linda / Coisa que eu adoro".

        Cheio das coisas. As mesmas coisas, Coisa bonita, Coisas do coração, Coisas que não se esquece, Diga-me coisas bonitas, Tem coisas que a gente não tira do coração. Todas essas coisas são títulos de canções interpretadas por Roberto Carlos, o "rei" das coisas. Como ele, uma geração da MPB era preocupada com as coisas.

        Para Maria Bethânia, o diminutivo de coisa é uma questão de quantidade (afinal, "são tantas coisinhas miúdas"). Já para Beth Carvalho, é de carinho e intensidade ("ô coisinha tão bonitinha do pai"). Todas as Coisas e Eu é título de CD de Gal. "Esse papo já tá qualquer coisa...Já qualquer  coisa doida dentro mexe." Essa coisa doida é uma citação da música Qualquer Coisa, de Caetano, que canta também: "Alguma coisa está fora da ordem."

         Por essas e por outras, é preciso colocar cada coisa no devido lugar. Uma coisa de cada vez, é claro, pois uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. E tal coisa, e coisa e tal. O cheio de coisas é o indivíduo chato, pleno de não-me-toques. O cheio das coisas, por sua vez, é o sujeito estribado. Gente fina é outra coisa. Para o pobre, a coisa está sempre feia: o salário-mínimo não dá pra coisa nenhuma.

        A coisa pública não funciona no Brasil. Desde os tempos de Cabral. Político quando está na oposição é uma coisa, mas, quando assume o poder, a coisa muda de figura. Quando se elege, o eleitor pensa: "Agora a coisa vai." Coisa nenhuma! A coisa fica na mesma. Uma coisa é falar; outra é fazer. Coisa feia! O eleitor já está cheio dessas coisas!

         Coisa à  toa. Se você aceita qualquer coisa, logo se torna uma coisa qualquer, um coisa-à-toa. Numa crítica feroz a esse estado de coisas, no poema Eu, Etiqueta, Drummond radicaliza: "Meu nome novo é coisa. Eu sou a coisa, coisamente." E, no verso do poeta, "coisa" vira "cousa".

         Se as pessoas foram feitas para ser amadas e as coisas, para ser usadas, por que então nós amamos tanto as coisas e usamos tanto as pessoas? Bote uma coisa na cabeça: as melhores coisas da vida não são coisas. Há coisas que o dinheiro não compra: paz, saúde, alegria e outras cositas más.

        Mas, "deixemos de coisa, cuidemos da vida, senão chega a morte ou coisa parecida", cantarola Fagner em Canteiros, baseado no poema Marcha, de Cecília Meireles, uma coisa linda. Por isso, faça a coisa certa e não esqueça o grande mandamento: "amarás a Deus sobre todas as coisas".
      
ENTENDEU O ESPÍRITO DA COISA?


2 de agosto de 2011

Absurdo!

Prezados (as),

Nas linhas que se seguem, temos as palavras de profunda revolta de uma companheira velha de guerra da educação em nossa cidade, a conhecida e destemida professora e diretora do CED São Francisco, Leisa Sasso. O motivo da indignação, muito justo, é o fato de que alguns alunos do 3° ano do Ensino Médio da referida escola que passaram na UnB no primeiro semestre de 2011, estão enfrentando uma verdadeira via crucis para assegurarem a sua vaga na Universidade de Brasília. E toda essa reviravolta é consequência direta de uma mudança (ou manobra??) no Conselho de Educação do Distrito Federal, efetuada no final do ano passado, motivada por um processo encabeçado pelos representantes de uma conhecida instituição particular de ensino de Brasília. Como a própria Leísa afirma em seu desabafo, esta é uma boa causa para se revoltar e se brigar. Acompanhe abaixo a íntegra.


Queridos alunos e colegas!

Estou revoltada com a mudança que o Conselho de Educação do DF publicou no final do ano de 2010 modificando a redação da lei que aprovava por merecimento os alunos que passaram no vestibular no meio do ano. O Chicão no primeiro semestre desse ano de 2011 levou 2 alunos (pelo menos é o que eu sei) para a UnB. O aluno Rhenan Reis do 3º ano A passou para Enfermagem e o aluno José Rosil do 3º ano C passou no vestibular para Agronomia. Passaram, mas, estão tendo que recorrer à Justiça com Mandato de Segurança para terem os seus direitos assegurados de entrar na Universidade de Brasília.

A antiga lei (Resolução 1\2009 em seu artigo 151) determinava que os alunos poderiam ter avanço de estudos se tivesse notas acima de 8 em todas as disciplinas e se o Conselho de Classe de Professores julgasse por bem aprovar os alunos antes de terminar o ano. Agora, mesmo tendo notas boas e o conselho e a direção da escola se posicionando a favor, o aluno tem que ter concluido 75% de presença no curso. Ora, se o aluno dormiu em 75% curso e passou na UnB ele estará apto segundo o Conselho de Educação para assumir sua vaga na UnB, porque o que conta não é mais a produtividade do aluno e sim as horas\aulas que frequentou. 800 alunos estão prejudicados por essa resolução no DF, todos, nesse exato momento às voltas com a justiça que é LENTA, como todos sabem. Mas, os alunos endinheirados do DF, principalmente o das escolas particulares estão literalmente comprando seus diplomas no CETEB, pela quantia de R$ 2.000,00. Ouvi até sugestões do tipo: a Escola pode fazer uma "vaquinha" para comprar o diploma para os meninos.

Além da escola não ter mais autonomia para julgar se os alunos estão aptos para ir para a UnB, ainda temos que "arrumar um jeitinho para burlar a lei". Cadê a DRE, a Secretaria de Estado de Educação para se insurgir contra essa barbaridade????? E o pior, saibam que essa resolução do Conselho de Educação é um parecer à favor do processo nº 410.000425\2011 cujo principal interessado é o Colégio Galois que se sentia prejudicado porque seus alunos deixavam de pagar pelo menos 6 meses de mensalidades quando passavam no vestibular na metade do ano. Os gestores financeiros do Galois se sentem prejudicados e quem paga o "pato" já que não pode pagar o CETEB é o aluno da escola pública. Alunos, acho que essa é uma boa causa para se brigar e se revoltar.

Leisa Sasso (Diretora CED São Francisco, São Sebastião-DF)

Em defesa do SUAS, Rede Socioassistencial e Organizações da Sociedade Civil realizam Primeira Conferência Livre de Assistência Social de São Sebastião

                                   O Instituto Federal de Brasília - IFB Campus São Sebastião, foi palco da Primeira Conferência Livre de As...