31 de março de 2012

Mulheres que aprendem e empreendem


O curso de corte e costura, iniciativa promovida pelo Centro de Educação Popular de São Sebastião, chega ao final de mais uma etapa. O encerramento aconteceu ontem (29/03) na sede da instituição e, além das formandas, estiveram presentes as novas alunas e duas palestrantes da própria comunidade. Também prestigiaram o evento a deputada federal Erika Kokay e a ex-deputada distrital Rejane Pitanga.
Sempre com muita garra e disposição para aprender, as alunas concluíram o curso e deixam como exemplo para aquelas que logo iniciarão a próxima etapa, verdadeiros exemplos de persistência e, sobretudo, determinação. A entidade formou a primeira turma em maio de 2010 e de lá para cá, muitas mulheres abraçaram o projeto, passando a vivenciar inúmeras experiências que talvez não coubessem em um livro, dada a riqueza de detalhes das vivências, das histórias vibrantes dessas muitas mulheres.
A primeira palestrante, Elizonete, falou sobre cooperativismo e sobre a história da Cooperunião, entidade da qual faz parte. Santina Gonçalves, também convidada como palestrante e uma das finalistas da etapa distrital do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, destacou a importância da organização e participação popular para a conquista de objetivos comuns na comunidade.
Fundadora da Associação das Bordadeiras, Crocheteiras e Costureiras do Bairro Morro Azul, em São Sebastião (DF), Santina enfrentou muitas dificuldades para conseguir ganhar algum dinheiro com a produção de tapetes e fuxicos. Mas, todo o esforço empreendido trouxe reconhecimento para ela, que cresceu tanto que teve seu trabalho reconhecido até mesmo em telenovelas globais.
“Não pensem vocês que a marcha seja fácil, porque não é. Organizar uma cooperativa, por exemplo, requer tempo, dedicação e muito mais que tudo isso, requer compromisso de cada pessoa envolvida. Não podemos iniciar esse tipo de empreendimento pensando em lucrar já na primeira venda. Isso só virá com o tempo e com muito trabalho”, salientou Santina.
“Não tenho a menor dúvida de que as mulheres é que mudarão de vez as diversas realidades do mundo. E digo isso com a certeza que tenho de que cada uma traz a marca da força e da superação na alma. Vocês têm nas mãos o poder da mudança, a começar pelo que fazem em termos de trabalho e organização no bairro, na comunidade onde moram e daí por diante”, disse Erika Kokay ao recepcionar as novas alunas e parabenizar as formandas.
Persistência
“É preciso parabenizar as meninas que estão aqui nesse processo de aprendizagem, porque souberam tirar proveito da oportunidade que tiveram. Com certeza, aprenderam muitas coisas e irão, certamente, passar adiante”. Essas foram as palavras iniciais da professora Abadia para o grupo.
Ela também deu as boas-vindas às novas alunas, enfatizando a necessidade de que cada uma seja persistente até o final. “Se parecer difícil, não desista. É um método muito bom o que usamos no curso, por isso mesmo irá exigir um pouco mais de vocês”, disse.
Posteriormente, a professora conduziu uma dinâmica de apresentação, onde cada uma falou um pouco de si para quem estava ao lado. Depois, deu-se início às apresentações.
Objetivos comuns
Unindo o útil ao agradável, a professora Abadia e suas alunas embarcaram literalmente numa experiência que tem rendido bons frutos.  As aulas miram um objetivo comum, que é capacitar as alunas para o desenvolvimento de habilidades e técnicas de modelar, cortar e costurar, voltadas diretamente para as modas social, praia, esporte e íntima.
Fazer com que essas mulheres encontrem na confecção de roupas uma atividade profissionalizante e de geração de renda, é também uma das metas do projeto. Mas não para por aí. Para além da profissionalização, o curso pretende funcionar também como uma espécie de terapia coletiva, onde todas as participantes tem a oportunidade de trocar experiências, conhecimentos, histórias de vida e muito mais, mediadas pela educadora social, Maria Abadia.
As aulas continuarão sendo ministradas todas as quintas-feiras pela professora Maria Abadia, em dois turnos diferentes: das 14  às 17h, e de 18h00 às 20h40.  Maiores informações pelo telefone 3339-7460.
Depoimento
Confira no vídeo abaixo o depoimento da aluna Angélica Alves sobre o curso.

Publicado originalmente em: www.cepss.org.br

23 de março de 2012

Convite: Chá com Prosa




O IMS (Instituto Marista de Solidariedade) juntamente com o IMAS (Instituto Marista de Assistência Social) vêm desenvolvendo esforços no sentido de promover debates e ações que contribuam para os direitos humanos em nosso País. Um desses esforços é o projeto Chá Com Prosa: Direitos Humanos em Pauta, que desde 2011 tem aproximado diversas organizações sociais e governo em prol da mesma bandeira de luta.

O projeto promove um encontro todos os meses, na sede do IMS em Brasília. Um tema - dentro da esfera dos direitos humanos - é debatido entre organizações sociais, movimentos sociais e temas afins, criando uma rede de reflexão e aproximando as organizações por meio do diálogo. A ideia surgiu da necessidade de aproximar e criar um espaço de diálogo entre organizações que atuam em prol dos direitos humanos, oportunizando um espaço de troca de saberes, integração de ações e até mesmo possibilitando o reconhecimento da identidade do trabalho que é desenvolvido por essas organizações. Por fim, espera-se, também, a possibilidade de contribuir para o aprimoramento de políticas públicas com foco nos temas debatidos.

      Neste mês o tema escolhido é Direitos das Mulheres e para se somar a nossos esforços e enriquecer o encontro deste mês, convidados vossa senhoria para contribuir com vossa experiência e saberes nesse campo. Num primeiro momento será exibido o documentário Mulheres de 50 da cineasta Patrícia Antunes que depois provocará as discussões.

    Ocorrerá no dia 28 de março de 2012, às 16h, na sede do IMS - SDS Conjunto Baracat, sala 113/115.  O telefone para contato é (61) 3224-1100. Por favor, confirmem presença e nos ajudem a divulgar!

Desde já agradecemos a atenção e a disponibilidade.

20 de março de 2012

Agaciel Maia é investigado por grilagem de terras no DF


Protagonista do escândalo dos atos secretos teria comandado invasões de terra em São Sebastião, região próxima a Brasília



Depois de lotear cargos comissionados no Senado, o ex-diretor-geral Agaciel Maia (PTC-DF)ressurgiu na Câmara Legislativa envolvido em um esquema de grilagem de terras. Investigações da Polícia Civil e do Ministério Público do Distrito Federal apuram a atuação do deputado distrital, protagonista do escândalo dos atos secretos, como mandante de invasões em São Sebastião, região administrativa a 26 quilômetros do Palácio do Planalto e base eleitoral do parlamentar.
Depoimentos de invasores de um terreno público mostram que Agaciel é suspeito de incitar as ocupações. Na Câmara Legislativa, o deputado apresentou projeto de lei para regularizar áreas invadidas, inclusive aquelas em que foram construídos condomínios de luxo. Legalizadas, elas são fonte de lucro milionário para empresas do setor imobiliário.
As informações foram colhidas durante uma operação, no início deste ano, que prendeu 38 pessoas. As áreas invadidas, de propriedade da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), já estavam sendo demarcadas com estacas e barracas.
Vizinho a condomínios de luxo, São Sebastião transformou-se em um caldeirão de invasões por causa do grande potencial imobiliário. A regularização fundiária é uma das questões centrais para os governantes de Brasília. A especulação, associada à reduzida oferta de imóveis no Plano Piloto, provocou ao longo das últimas três décadas uma onda de invasões nos arredores. Sem base legal e muitas vezes com a conivência de agentes públicos, os grileiros transformaram áreas rurais em condomínios urbanos e venderam lotes públicos em lucrativas operações financeiras.
No despacho de prisão, o juiz do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, Eduardo Smidt Verona, definiu como "antológico" um dos depoimentos dos invasores, porque resumiria a "tragédia da situação fundiária do DF". O magistrado relata que, na opinião dos réus, a área poderia ser invadida porque depois seria regularizada e que no DF é assim que se faz. "Há uma invasão, as autoridades resistem e tiram os invasores, que invadem de novo até que as autoridades parem de resistir", diz a decisão.
Morador há 12 anos de São Sebastião, Edimael Costa Marques contou à polícia que ocupou o terreno, próximo a Vila Olímpica da cidade, porque o deputado teria prometido liberar os lotes. O invasor afirmou que um homem, a mando de Agaciel, inclusive teria recolhido informações dos ocupantes da área. Outras invasões teriam sido programadas ao longo da semana, segundo Marques. Seu irmão, que trabalha no Pró-DF, teria intermediado o contato com o assessor do parlamentar.
Marques não foi o único a envolver políticos na invasão. Outros depoimentos, como o de Maykon Brito, atestam que a ocupação de janeiro fazia parte de "um projeto de um deputado para a construção de um bairro". No dia da invasão, Estevão Pereira afirmou que um senhor pediu documentos pessoais dos ocupantes para cadastro.
Reduto - Base eleitoral de Agaciel, a região administrativa de São Sebastião é comandada por Janine Rodrigues Barbosa, aliada do parlamentar. Filiada ao PTC, ela doou R$ 7,5 mil para a campanha do deputado distrital, que custou R$ 238 mil. Desde que foi empossada pelo governador Agnelo Queiroz (PT), em janeiro de 2011, Janine enfrenta a resistência dos moradores.
Além da indicação da aliada, Agaciel conseguiu convencer Agnelo a criar uma Secretaria de Condomínios, só para tratar de regularização de terras. O deputado também já propôs, por meio de emendas, duplicação de acesso aos condomínios e outras melhorias na região.
Por meio da assessoria de imprensa, Agaciel alegou não ter sido citado em nenhuma investigação. Disse ainda que tanto ele como Agnelo recomendaram atenção às invasões irregulares em São Sebastião. O deputado completou afirmando que, se alguém estiver usando o seu nome ilegalmente, a administradora da região está autorizada a prestar queixa à polícia imediatamente.
Além de citado no inquérito que investiga as ocupações irregulares, Agaciel é réu em duas ações de improbidade administrativa na Justiça Federal em Brasília. A primeira apura o envolvimento do parlamentar na ocultação dos atos do Senado. A outra investiga sua participação na assinatura de dez contratos para a prestação de serviços de publicidade sem licitação, entre 2005 e 2008. As ações ainda não foram julgadas.
(Com Agência Estado)

19 de março de 2012

Debate


15 de março de 2012

Convite


2 de março de 2012

Será mesmo o fim do duopólio Canhedo-Constantino?

Agnelo acaba com duopólio Canhedo-Constantino



CONCORRÊNCIA QUE SERÁ LANÇADA NESTA SEXTA-FEIRA (2), ÀS 15H, NA SEDE DO GDF, VAI RENOVAR 75% DAS LINHAS DE ÔNIBUS DE BRASÍLIA; REALIDADE DE COLETIVOS VELHOS, COM PNEUS CARECAS E SEM CONDIÇÕES DE SEGURANÇA VAI FICAR PARA TRÁS; COMPANHIAS VIPLAN, DE VAGNER CANHEDO, E PLANETA E ALVORADA, DE NENÊ CONSTANTINO, NÃO PODERÃO CONCORRER; DEVEM AO INSS; UFA!



02 de Março de 2012 às 10:30

Marco Damiani _247 – A realidade de ônibus com quase vinte anos de uso – quando a lei determina o máximo de sete anos --, pneus carecas e estruturas perfuradas está com os dias contados. Nesta sexta-feira 2, o governo do Distrito Federal lança oficialmente o edital de licitação para a renovação de 75% das linhas de ônibus de Brasília. Feita por determinação pessoal do governador Agnelo Queiroz , a concorrência, cujos termos, até esta altura (00h49), estão guardados a sete chaves, acerta em cheio em dois dos mais conhecidos – e polêmicos – empresários da capital: o ex-dono da extinta Vasp, Vagner Canhedo, e o presidente do Conselho de Administração da Gol Linhas Aéreas, Nenê Constantino. Este último, pela acusação de ter mandado matar o próprio cunhado, vive, no momento, em prisão domiciliar em São Paulo.
A dupla controla, com estilos bem semelhantes, as três maiores operadoras de transporte coletivo da capital. Tanto a Viplan, de Canhedo, como a Pioneira e a Planeta, de Constantino, são famosas pelo descaso com os passageiros e, também, com seus funcionários. Nenhuma delas poderá participar da concorrência, em razão de dívidas acumuladas com o INSS, pelo não recolhimento de direitos previdenciários. Fica certo, assim, que, necessariamente, o sistema de transporte coletivo de Brasília irá melhorar – as regras da licitação estabelecem a colocação de ônibus novos nas ruas e um amplo redesenho nas rotas. Haverá, a partir dessa renovação, a criação de ‘bacias’ para a circulação dos coletivos, de modo a que viagens longas e diretas sejam substituídas por outras mais rápidas e curtas. A vantagem prevista é o incremento da periodicidade dos ônibus nos pontos, com a multiplicação de oportunidades para o deslocamento dos passageiros.
A concorrência aberta pelo GDF deve atrair para Brasília algumas das maiores companhias do setor no Brasil. Mais do que isso, a disputa irá acabar com uma situação de precariedade que, na prática, perdura desde 1951, quando o atual modelo foi concebido – e o Distrito Federal nem havia sequer sido desenhado pela dupla Oscar Niemeyer e Lucio Costa. O que ocorreu foi que a nova cidade herdou o modelo que prevalecia nesta região de Goiás. Esperto, ao ver as possibilidades de crescimento da capital, Constantino comprou uma das empresas que detinha a concessão, a Alvorada, e passou a operar em Brasília. Pouco mais tarde, no correr da década de 60, Canhedo encontrou o seu filão no mesmo mercado. Desde então, eles se tornaram os barões – ou tubarões – dos ônibus da capital da República, oferecendo um dos serviços mais criticados pelos usuários.
“O sistema de transporte coletivo de Brasília está todo errado”, resume o deputado distrital Chico Vigilante, do PT. “A concorrência tem o mérito de acabar com uma situação de descaso que já perdura por cinco décadas e um sistema que nunca foi bom nem para a cidade, nem para o passageiro, nem para os trabalhadores do setor”. Vigilante lembra que, em razão das péssimas condições de trabalho no duopólio Constantino-Canhedo, o índice de alcoolismo entre motoristas, cobradores e mecânicos é alto. Os acidentes com coletivos são comuns. No mês passado, dois ônibus colidiram em Águas Claras, num acidente provocado, suspeita-se, por pneus carecas e freios precários que deixou mais de uma dezena de feridos. Uma cena de guerra que, no futuro breve, não deverá mais ser comum.

Em defesa do SUAS, Rede Socioassistencial e Organizações da Sociedade Civil realizam Primeira Conferência Livre de Assistência Social de São Sebastião

                                   O Instituto Federal de Brasília - IFB Campus São Sebastião, foi palco da Primeira Conferência Livre de As...